Depois de testarmos o Moto Z, é a vez do seu irmão mais novo ser o personagem principal.
A Lenovo trouxe ele chamando atenção para sua bateria, design e sua compatibilidade com as Moto Snaps, que estendem as funções do aparelho. Tudo isso por um preço mais baixo que seu irmão mais velho, abrindo mão de poucos recursos.
Será que o Moto Z Play conseguiu de fato alcançar tudo isso? É o que vamos ver nessa analise:
Índice
- Tirando da caixa
- Aparência e tela
- Sistema
- Desempenho e armazenamento
- Sensor de impressões digitais
- Bateria
- Som
- Câmera
- Pontos positivos
- Pontos negativos
- Vale a pena para quem?
- Vale o que é cobrado?
Tirando da caixa
Trazendo uma caixa simples e funcional, a Lenovo traz o Moto Z Play com um kit considerado completo perto dos seus concorrentes. No entanto, que fica bem atras do seu irmão mais potente, o Moto Z.
O kit conta com fones de ouvido similares aos dos antigos Moto X, carregador com a tecnologia Turbo Power de carregamento rápido, manuais de instruções e uma única Snap: Style Shell na cor vinho em material de tecido, que serve simplesmente para personalizar a traseira do aparelho.
Infelizmente não encontramos um bumper, como acontece no Moto Z.
Além disso, encontramos o Moto Z Play na versão preta.
Aparência e tela
O Moto Z Play na cor preta passa uma sensação de maior robustez do que o seu irmão mais velho, isso porque ele é mais grosso, tendo 6.99 mm de espessura.
As dimensões se limitam a 156.4 x 76.4 mm, bons números diante do tamanho da sua tela de 5.5″.
O aparelho é extremamente elegante, sendo que a traseira é de vidro, com detalhes texturizados em desenhos esféricos na parte de “trás” do vidro.
A traseira traz a câmera em formato circular na parte superior, sendo “saltada”. Na parte de baixo, temos os contatos na cor dourada que servem de conexão do aparelho com as Snaps. Item esse que é esteticamente estranho, causando estranheza para quem não conhece a tecnologia.
Vale dizer também que algo presente em praticamente todos os aparelhos com materiais de luxo também aparece por aqui: Marcas de dedo por toda parte, devido ao vidro.
A Snap Style Shell que veio no aparelho é facilmente acoplada na traseira do mesmo. Ela traz algumas vantagens, como o fato de retirar a protuberância que existe na câmera, além de proteger a traseira do aparelho.
As bordas são de metal fosco, que passam mais segurança ao digitar por não deslizarem.
Os botões de power e de volume ficam na lateral direita, enquanto que as conexões USB-C e P2 para fones de ouvido ficam na parte de baixo.
Conexão essa que não está presente no Moto Z, mas que aparece por aqui porque, de acordo com a Lenovo, a espessura permitiu que ele coubesse ali.
Na parte superior temos uma gaveta para o SIM e Micro SD, sendo híbrida, tendo de escolher entre dois SIM ou um SIM e um Micro SD.
A parte da frente do aparelho acomoda uma grande tela AMOLED de 5,5″ com resolução Full HD, resultando em uma densidade de 401 ppi. A tecnologia utilizada na tela é a Super AMOLED, que promete maior definição e vividez nas cores do que a AMOLED normal.
Uma curiosidade aqui é que a versão mais cara do Moto Z não utiliza o Super AMOLED, sendo uma vantagem técnica para a versão Play, mesmo sendo mais barata.
No entanto, temos que esclarecer que a diferença passa despercebida aos olhos humanos, isso porque não conseguimos ver tantas diferenças assim em relação ao AMOLED normal.
De qualquer maneira, a tela se mostrou mais do que suficiente, tendo uma boa resolução (10920 x 1080 pixels) que ainda permite uma boa economia de bateria. Algo que pode ser considerado uma vantagem frente aos seus concorrentes, que trazem altas resoluções que prejudicam a autonomia da bateria.
Ainda na parte da frente, temos o único alto-falante do aparelho na parte superior.
Dessa forma, não temos um som estéreo, mas que não tira o mérito do alto falante estar em uma boa posição. Ao lado dele temos a câmera frontal e um flash que auxilia nas fotos frontais.
Na parte de baixo, temos o sensor de impressões digitais. Falaremos um pouco mais sobre ele logo a frente.
Sistema
O Moto Z Play traz o Android Marshmallow 6.0.1, com promessa de atualização para o Android Nougat 7.0 muito em breve.
Como de costume na linha Moto, o sistema não tem nenhuma modificação na aparência, mas traz algumas funcionalidades exclusivas:
- Moto Snaps: Um menu nas Configurações que dá acesso a todas as informações e alterações a se fazer no snap eventualmente conectado;
- Privacidade da Motorola: Outro menu nas Configurações que dá controle a tudo sobre o que a Lenovo recebe sobre seu aparelho;
- ID da Motorola: Também nas Configurações, dá acesso as configurações de sua conta com a Motorola;
- Moto: Aplicativo eficiente da Motorola que permite configurar os comandos de voz, as ações por gestos e a Moto Tela, recurso que quando a tela está desligada, ela acende apenas os pixels necessários para mostrar as notificações recebidas em uma tela negra;
- Câmera: O software de câmera é exclusivo da Motorola, sendo recheado de funções automáticas e também manuais.
- Sensor de impressões digitais: Na aba Segurança das Configurações, temos todas as opções de cadastro referentes ao sensor, que falaremos mais abaixo.
O fato do sistema ser praticamente sem modificações o torna consistente e de fácil uso, sem interferir no real desempenho do aparelho.
Confira algumas imagens do sistema:
Desempenho e armazenamento
A grande diferença do Moto Z Play para o Moto Z está aqui. Enquanto que o seu irmão mais velho traz um Qualcomm Snapdragon 820 MSM8996 64 bit, processador Dual-core 1.8 GHz Kryo + Dual-core 1.6 GHz Kryo, somado a 4 GB de RAM e a uma Adreno 530 como GPU, o Moto Z Play faz um downgrade para:
- Qualcomm Snapdragon 625 MSM8953 Cortex-A53, processador de 2 GHz octa-core
- 3 GB de RAM
- Adreno 506
Mas afinal, o que esses números significam? Na prática, não tivemos travamentos ou problemas do tipo, mostrando que o Snapdragon 625 é mais do que suficiente para trazer fluidez nos aplicativos e para rodar todos os jogos que testamos (Asphalt 8 Airborne, Subway Surfers e Real Racing 3).
No entanto, foram neles, nos jogos, que vimos que a velocidade para abrir foi um pouco mais lenta do que no Moto Z.
A conclusão que chegamos é que a diferença só será notada pelos mais atentos e em momentos específicos, deixando evidente que esses processadores mais econômicos como o Snapdragon 625 já entregam um alto desempenho.
Como comentamos em todas as nossas análises, não somos fãs de benchmarks, mas para os adeptos, sempre iremos mostra-los. Segue as imagens:
De maneira geral, o Moto Z Play conseguiu trazer bons números comparado a aparelhos em sua categoria, nos satisfazendo com os resultados.
Ainda falando em desempenho, o armazenamento interno é de 32 GB, espaço considerado como “mínimo” para aparelhos nessa faixa de preço. Números assim não exigem uma economia drástica de espaço, mas também talvez não permita armazenar a temporada inteira da sua série favorita.
Sensor de impressões digitais
O sensor de impressões digitais do Moto Z Play é idêntico ao que acompanha o Moto Z e o Motyo G4 Plus, suportando até 10 impressões diferentes na sua configuração.
Em relação ao reconhecimento, ele é instantâneo e reconhece praticamente todas as vezes que colocamos um dedo cadastrado.
Um recurso interessante que tínhamos visto apenas no Moto Z é que ao segurar qualquer dedo em cima do sensor com a tela ligada, ela desliga, agilizando bastante o uso.
Bateria
O Moto Z Play traz uma bateria de 3510 Mah, um número bem superior aos 2600 Mah trazidos pelo Moto Z, o que aliado a um sistema econômico e bem otimizado, é possível ter uma ótima autonomia de bateria.
No dia a dia a bateria é surpreendente, diante de um uso com 4G, Wifi no fim da tarde e bastante tempo em mensageiros, redes sociais e internet, o aparelho chegou as dez da noite com 31% de bateria, sendo que foi 100% carregado no começo do dia.
Durante os jogos, a bateria obviamente cai mais rápido, no entanto, ainda consegue segurar mais de 4 horas de jogatina no Asphalt 8: Airborne.
O último teste que fizemos foi deixar o aparelho no WiFi rodando um filme da Netflix de uma hora e quarenta minutos. Começando com ele 100% carregado, no fim do filme tínhamos ainda 62% de bateria, um dos melhores resultados que encontramos por aqui.
Outra coisa boa é que temos um carregamento extremamente rápido com o carregador Turbo, que chega em menos de meia hora aos 50% (estando quase zerada) e depois demora quase uma hora a mais para chegar ao 100% (ele carrega mais lentamente a medida que passa da metade da carga para não sobrecarregar). Resultados similares ao do Moto Z em relação ao carregamento.
Som
Mesmo trazendo um único auto falante, sua qualidade é boa, trazendo um som limpo e alto, com agudos e graves devidamente regulados.
A sua posição também agrada, direcionando o som para o usuário, e não o camuflando na parte de trás do aparelho como alguns aparelhos ainda insistem em fazer.
Em relação aos fones de ouvido, eles são os mesmos modelos que vem aparecendo na linha Moto X e no falecido Moto Maxx. A qualidade dele não é boa, dando a impressão que o som está muito distante e chegando a incomodar por conta do seu formato.
Câmera
O Moto Z trouxe uma câmera incrível, como comentamos em sua análise. Já no Moto Z Play, a câmera não é a mesma, porém traz algumas características interessantes: 16 MP (3 a mais que a do Moto Z), abertura F 2, estabilização digital e modo HDR.
As diferenças aqui para a do Moto Z ficam nos megapixels que são maiores, e na abertura também menor (quanto maior o número, menor a abertura), no entanto, a qualidade da câmera não depende especificamente de números.
Em nossos testes, a câmera se saiu muito bem, tanto em ambientes escuros como bem iluminados. Defendemos a ideia de que uma imagem vale mais do que mil palavras, então, confira você mesmo nossos testes, incluindo fotos com a câmera frontal de 5MP que traz resultados satisfatórios.
Clique para ampliar, e quando ampliada, existe um link para a imagem original do lado direito:
Em relação as filmagens, elas podem ser feitas em 4K a 30 FPS e inclui modo Slow Motion.
Os modos funcionam muito bem, sendo apoiado pelo excelente software de câmera da Motorola que pode ser considerado um dos melhores atualmente, que traz facilidade para quem usa o modo automático e muitos detalhes para quem opta pelo modo manual.
…
Afinal, o Moto Z Play vale a pena?
Pontos positivos
- Aparência elegante
- Ótimos materiais de construção
- Tela com alta resolução e qualidade SUPER AMOLED
- Som de qualidade
- Sensor de impressões de digitais rápido
- Câmera de alto nível
- USB Type-C
- Entrada para fones de ouvido
- Style Shell na caixa
- Android puro
- Expansão via Snaps
Pontos negativos
- Gaveta híbrida: Ou Dual Chip, ou um SIM e um Micro SD
- Apenas um alto falante
- Marcas de dedo na traseira
Vale a pena para quem?
O Moto Z Play foi feito para quem busca um diferencial: Snaps. O suporte a essas expansões chama a atenção e consegue multiplicar as funções.
Outro diferencial que pode fazer com que a escolha seja o Z Play é a bateria. Sua duração é acima da média, sendo atraente para quem sofre com a bateria de outros modelos.
Vale o que é cobrado?
O Moto Z Play chega ao mercado por R$ 2.199,00, mas já pode ser encontrado por R$ 1900,00 em algumas lojas brasileiras. O seu preço é salgado, no entanto, é quase mil reais mais barato que o Moto Z, e pode ter o atrativo do seu maior diferencial: Suporte a Snaps, que o colocam em outra categoria.
De maneira geral, o seu conjunto por completo é excelente: ótimas câmeras, bateria acima da média, design bem acabado, tela de altíssima qualidade e bom desempenho. Isso tudo pode fazer justiça ao que é cobrado, sendo uma das melhores opções nessa faixa de preço.
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Esse artigo Análise Moto Z Play – Maior bateria, suporte a Snaps e preço mais baixo. Será que convence? aparece primeiro em Manual da Tecnologia.